Escrevo para dividir a emoção da semana. Não ganhei na Mega Sena, nem recebi um prêmio literário, muito menos conheci o Antonio Banderas! Ou seja, nada de excepcional aconteceu! Mas no meu mundinho pequeno e que sabe ser feliz com pouco, tenho motivos para celebrar e conto para dividir com a minha meia dúzia de leitores fieis que me acompanha e fica feliz comigo.
A primeira novidade: Sete mulheres minicontam, obra organizada por mim, escrita pelo coletivo Mulheres de Escritas, que eu coordeno cheia de orgulho, foi para a gráfica e já temos data de lançamento em Porto Alegre. Mais uma publicação da Libertinagem e mais um lançamento no Galpão 1961 em Porto Alegre. Que parcerias maravilhosas!
A segunda novidade: Euzinha
no catálogo do Autor Presente. Então, professores fiquem de olho no projeto, inscrevam suas escolas e me chamem! Já tô com roupa de ir! Prometo chegar bem
faceira com os meus minicontos para conversar com os estudantes de ensino médio.
Sempre sonhei com meus minis invadindo as escolas. Duzentos e Minis
de quarentena prontos para ocupação.
A terceira emoção foi a
da noite de autógrafos do Minis de quarentena na Feira do Livro da FURG.
Tenho uma história de amor com a feira que detalho a seguir.
Autografei, na Praça
Didio Duhá, pela primeira vez, no verão de 2011, o meu primeiro livro solo, Aroma
hortelã, que já tinha vivido lançamento em Erechim e Porto Alegre. Tinha me
mudado em maio para Rio Grande, então conhecia pouca gente na cidade, não teve fila
de autógrafos, nem lembro quantos exemplares vendi, autografei para alguns
alunos, colegas, amigos, meus primos, minha cunhada. Foi uma noite agradável.
Em 2015, autografei o Vitrais,
coletânea de contos do Invitro, foi muito diferente de 2011. Estava
com o pessoal do coletivo, teve roda de conversa conosco antes dos autógrafos.
Veio família de Porto Alegre: pai, mãe, irmão, sobrinha. Tivemos uma baita fila
de autógrafos. Bem emocionante. Foi a última visita do meu pai ao Cassino,
disso eu não sabia, claro. Mas ainda bem que fiz uma foto com o Vitrais,
com ele e com a mãe.
Em 2016 voltei a Feira,
minha mãe veio de Porto Alegre para prestigiar o lançamento do Histórias de
Vento, mar e amor, dos Escritores de Quinta, que na época ainda não se
chamavam assim, eram a turma da Tia Jô, os meus alunos de escrita. Organizei
o livro bem orgulhosa do grupo. Foi lindo ver a alegria dos escritores sentados, um ao
lado do outro, na mesa grande, autografando os exemplares que iam passando de mão em
mão. A fila foi gigante, um calor absurdo e não cabia em mim de alegria. Fomos
os campeões de venda da edição da feira em 2016.
Em 2018, tinha dois
livros para autografar na Feira, mas não compareci, recém tinha me mudado para
Porto Alegre, mas senti muito não ter ido celebrar duas obras que tanto me
orgulho de fazer parte. A turma do Invitro lançou o romance coletivo Condomínio
Saint-Hilaire e o grupo de pesquisa, colegas e alunos da FURG, a primeira tradução
da autora que amo, Contos - Juana Manuela Gorriti, que eu contribui com tradução,
organização, prefácio, revisão. Um trabalho de anos que ficou uma lindeza!
Em 2019, não autografei
meu segundo livro solo, Duzentos, na Feira da FURG, mas ele estava lá na
Banca da Usina das Artes.
Por fim, conto da profunda
emoção de autografar no dia 12 de maio de 2022. Teve apresentação da obra no início,
disse algumas palavras sobre o que a escrita de um diário minicontado representou
para mim no início da quarentena e para os que acompanharam o projeto e de que
como se transformou em um livro. Foi diferente estar na feira em outra época do
ano, estava frio, mas teve tanto abraço caloroso que até esqueci. Desde adolescente
tenho o péssimo hábito de quando escolho, previamente, a roupa para determinada
ocasião, não importa o clima, uso o planejado. E para cada livro tenho uma escolha
de tons e estilo para combinar com a capa. Minis de quarentena tinha que
ser de vestido preto com algo colorido. Em Porto Alegre, o lançamento foi na
primavera, usei mantón espanhol, no Cassino um casaco peruano. Passei frio nas
pernas e segui feliz. Na Feira encontrei alunos, ex-alunos, colegas, amigos, poetas,
escritores. A fila foi grande e sou grata a quem esteve por lá na noite fria, me
entregou exemplar do Minis de quarentena para autógrafo, palavra afetiva e
abraço quentinho.
E seguimos na emoção,
porque a semana ainda não tinha terminado. Eis que, no sábado, inicio uma Oficina
de Escritas de Si e entre meus alunos está a minha paraninfa. Responsabilidade,
honra e emoção! A passagem do tempo e as conexões afetivas sempre me encantam. Havia sol em Porto Alegre, mas nada brilhou mais que as leituras das
produções da turma. Eu já chorei no primeiro encontro e nem sei explicar o quanto
resgatar histórias guardadas salva as pessoas. Sou grata pelas emoções que vivo
e pela confiança de tantas pessoas em compartilharem seus relatos de vida
comigo.
E para completar a
semana, fechei minha viagem para o Baila Costão com a turma da Zumba, que alegra
minha vida. Estou animada como adolescente indo para viagem de formatura de ensino
médio para Porto Seguro.
Minhas pequenas
alegrias foram somando-se e a semana ficou gigante de emoção. Baita semana! ¡Gracias
a la vida!
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