domingo, 15 de maio de 2022

Baita semana! ¡Gracias a la vida!

 










Escrevo para dividir a emoção da semana. Não ganhei na Mega Sena, nem recebi um prêmio literário, muito menos conheci o Antonio Banderas! Ou seja, nada de excepcional aconteceu! Mas no meu mundinho pequeno e que sabe ser feliz com pouco, tenho motivos para celebrar e conto para dividir com a minha meia dúzia de leitores fieis que me acompanha e fica feliz comigo.

A primeira novidade: Sete mulheres minicontam, obra organizada por mim, escrita pelo coletivo Mulheres de Escritas, que eu coordeno cheia de orgulho, foi para a gráfica e já temos data de lançamento em Porto Alegre. Mais uma publicação da Libertinagem e mais um lançamento no Galpão 1961 em Porto Alegre. Que parcerias maravilhosas!

A segunda novidade: Euzinha no catálogo do Autor Presente. Então, professores fiquem de olho no projeto, inscrevam suas escolas e me chamem! Já tô com roupa de ir! Prometo chegar bem faceira com os meus minicontos para conversar com os estudantes de ensino médio. Sempre sonhei com meus minis invadindo as escolas. Duzentos e Minis de quarentena prontos para ocupação.


A terceira emoção foi a da noite de autógrafos do Minis de quarentena na Feira do Livro da FURG. Tenho uma história de amor com a feira que detalho a seguir.


Autografei, na Praça Didio Duhá, pela primeira vez, no verão de 2011, o meu primeiro livro solo, Aroma hortelã, que já tinha vivido lançamento em Erechim e Porto Alegre. Tinha me mudado em maio para Rio Grande, então conhecia pouca gente na cidade, não teve fila de autógrafos, nem lembro quantos exemplares vendi, autografei para alguns alunos, colegas, amigos, meus primos, minha cunhada. Foi uma noite agradável.

Em 2015, autografei o Vitrais, coletânea de contos do Invitro, foi muito diferente de 2011. Estava com o pessoal do coletivo, teve roda de conversa conosco antes dos autógrafos. Veio família de Porto Alegre: pai, mãe, irmão, sobrinha. Tivemos uma baita fila de autógrafos. Bem emocionante. Foi a última visita do meu pai ao Cassino, disso eu não sabia, claro. Mas ainda bem que fiz uma foto com o Vitrais, com ele e com a mãe.

Em 2016 voltei a Feira, minha mãe veio de Porto Alegre para prestigiar o lançamento do Histórias de Vento, mar e amor, dos Escritores de Quinta, que na época ainda não se chamavam assim, eram a turma da Tia Jô, os meus alunos de escrita. Organizei o livro bem orgulhosa do grupo. Foi lindo ver a alegria dos escritores sentados, um ao lado do outro, na mesa grande, autografando os exemplares que iam passando de mão em mão. A fila foi gigante, um calor absurdo e não cabia em mim de alegria. Fomos os campeões de venda da edição da feira em 2016.  

Em 2018, tinha dois livros para autografar na Feira, mas não compareci, recém tinha me mudado para Porto Alegre, mas senti muito não ter ido celebrar duas obras que tanto me orgulho de fazer parte. A turma do Invitro lançou o romance coletivo Condomínio Saint-Hilaire e o grupo de pesquisa, colegas e alunos da FURG, a primeira tradução da autora que amo, Contos - Juana Manuela Gorriti, que eu contribui com tradução, organização, prefácio, revisão. Um trabalho de anos que ficou uma lindeza!

Em 2019, não autografei meu segundo livro solo, Duzentos, na Feira da FURG, mas ele estava lá na Banca da Usina das Artes.

Por fim, conto da profunda emoção de autografar no dia 12 de maio de 2022. Teve apresentação da obra no início, disse algumas palavras sobre o que a escrita de um diário minicontado representou para mim no início da quarentena e para os que acompanharam o projeto e de que como se transformou em um livro. Foi diferente estar na feira em outra época do ano, estava frio, mas teve tanto abraço caloroso que até esqueci. Desde adolescente tenho o péssimo hábito de quando escolho, previamente, a roupa para determinada ocasião, não importa o clima, uso o planejado. E para cada livro tenho uma escolha de tons e estilo para combinar com a capa. Minis de quarentena tinha que ser de vestido preto com algo colorido. Em Porto Alegre, o lançamento foi na primavera, usei mantón espanhol, no Cassino um casaco peruano. Passei frio nas pernas e segui feliz. Na Feira encontrei alunos, ex-alunos, colegas, amigos, poetas, escritores. A fila foi grande e sou grata a quem esteve por lá na noite fria, me entregou exemplar do Minis de quarentena para autógrafo, palavra afetiva e abraço quentinho.


E seguimos na emoção, porque a semana ainda não tinha terminado. Eis que, no sábado, inicio uma Oficina de Escritas de Si e entre meus alunos está a minha paraninfa. Responsabilidade, honra e emoção! A passagem do tempo e as conexões afetivas sempre me encantam. Havia sol em Porto Alegre, mas nada brilhou mais que as leituras das produções da turma. Eu já chorei no primeiro encontro e nem sei explicar o quanto resgatar histórias guardadas salva as pessoas. Sou grata pelas emoções que vivo e pela confiança de tantas pessoas em compartilharem seus relatos de vida comigo.


E para completar a semana, fechei minha viagem para o Baila Costão com a turma da Zumba, que alegra minha vida. Estou animada como adolescente indo para viagem de formatura de ensino médio para Porto Seguro.


Minhas pequenas alegrias foram somando-se e a semana ficou gigante de emoção. Baita semana! ¡Gracias a la vida!

 

 


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