Podemos morar em outras cidades, dividir a vida entre dois ou mais lugares, estar sempre entre estradas ou aeroportos, mas acredito que pertencemos de verdade a um único porto. No meu caso, o porto é alegre. Nem sempre tão alegre, porém ter o nome é bonito e otimista. Nem tudo são flores, na capital do Rio Grande do Sul, apesar de muito florida e arborizada. Escolho, no dia de seu aniversário, escrever ressaltando as suas belezas.
Voltei a viver em Porto Alegre, no
início de 2018, após um período de morada pelo interior do RS que já completava
quinze anos. Me sinto um pedaço erexinense, um pedaço rio-grandina, no entanto,
sei que completa mesmo sou é de Porto Alegre.
Percebo o quanto a cidade me habita
quando escrevo. A ambientação pode ser qualquer uma para o leitor, porque, de
modo geral, o espaço não aparece delimitado de modo explícito nas minhas histórias,
mas no meu imaginário está sempre a minha Porto Alegre.
A Porto Alegre onde cresci, em um bairro
afastado do centro, na zona sul. Penso até que deveria incluir no meu curriculum
lattes que fui Princesa da Festa do Pêssego da Vila Nova (pausa para a risada),
porque foi um gesto de amor pela cidade e pelas minhas origens. As fotos com
vestido e faixa com prefeito e bispo para uma adolescente tinha o peso da fama
e também do amor por mostrar a outras pessoas o bairro que o meu bisavô italiano
escolheu para viver. Tenho orgulho de fazer parte de uma cidade que planta pêssegos,
uvas e ameixas e acolheu imigrantes. Naquele tempo, no final dos anos oitenta, a
Festa do Pêssego era realizada na frente do local onde meus pais se conheceram e
depois se casaram na igreja São José da Vila Nova. Recordo do quanto gostei da
função de apresentar uma Porto Alegre para muitos desconhecida. Falei em rádio
e televisão, muitos chegavam na festa e me diziam que vieram pelo meu convite.
Agora apresento a cidade de outro
jeito, através da minha escrita, e aproveito para reforçar o convite para
conhecerem a zona sul! Centro Histórico, Bom fim, Cidade Baixa, Menino Deus, Independência,
Bela Vista, Petrópolis e outros tantos bairros são encantadores, mas a nossa área rural merece
ser visitada! Apesar de ter me mudado para bairro mais central, a zona sul jamais
me abandona e meu bar favorito está lá: Galpão 1961. Fica a dica!
E em tempo: Parabéns, Porto Alegre!


Parabéns pela crônica! fui viajando pelos bairros e me imaginando correndo pelas ruas dessa Porto Alegre que tenho em minhas memórias!
ResponderExcluirAgradeço a tua leitura, Lilian! Feliz que tenhas gostado! Abraços
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