sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O talismã dentro de nós


     Cresci ouvindo minha mãe cantar e acreditar no que diz a canção: sorte tem, quem acredita nela. Não sei se foi uma lavagem cerebral, mas passei a crer nestas palavras.
Importunam-me pessoas queixosas da vida e da falta de sorte. Quem pensa positivo, enxerga a vida sob outro prisma, tem um olhar mais leve, adquire menos ruga, não tem aqueles feios vincos na testa. Afinal somente são permitidas as linhas de expressão formadas ao lado dos lábios que marcam o excesso de sorrisos e de gargalhadas.
     Tudo bem, não precisa carregar amuleto, ficar desesperado para encontrar um trevo de quatro folhas, mas confiar em dias melhores ajuda bastante a caminhar pela vida, assim penso e assim faço.
     Sortudo é quem se vê desta forma. Afinal de momentos bons e nem tanto todos vivem. Ninguém é perfeito, ninguém tem vida perfeita. O comercial de margarina só existe na tela da televisão! E aquela história da grama do vizinho é mais verde do que a minha, não faz sentido. A maldita síndrome de pensar que os outros vivem melhor, são mais felizes ou tem mais sorte que a gente, acompanha muitas pessoas. Nada disto, se espiarem um pouquinho mais a vida do outro, poderão certificar-se de que não é bem assim. Pura ilusão!
Se a vida não vai bem, tenta outro caminho, refaz a trajetória e segue em frente, reclamar de falta de sorte é atitude comodista.

     Desejo que todos saibam carregar um talismã dentro de si e, assim, a sorte nos acompanhará sempre!